Glyndebourne, ou a ópera escondida na mansão de 600 anos

Glyndebourne, ou a ópera escondida na mansão de 600 anos

A uma hora de viagem para o sul de Londres há um lugar encantado chamado Glyndebourne. Num parque bem cuidado e florido de rhodonedrons (tipo azaléa de tamanho maior, mas de cores parecidas) e outras, há uma mansão e um prédio contendo auditório para 1.200 pessoas, junto ao restaurante, e outras amenidades. Se dão operas (quando eu assisti, hoje já não sei) COM POUCOS CANTORES, EM GERAL DE MOZART, E CLARO ORQUESTRA NO MELHOR NÍVEL IMAGINÁVEL.
Como conheci esta maravilha?

Morei 2 anos em Londres com meu marido, e tivemos conhecidos húngaros que nos chamaram atenção e segredaram, que precisa comprar entradas quase um ano antes, porque esta sempre lotado… Bom a gente comprou e fomos. Era deslumbrante. A gente chega as 17 horas, fomos de trem, já aparados em roupa de gala, eu de longo George de smoking, e ai a gente vai passear, como os outros nos jardins maravilhosos de Glyndebourne em maio. (Aberto até outubro.)

Depois de tomar chá na relva em mesas cobertas de toalhas brancas e servido por serviçais em uniformes adequados, a gente entra no auditório e se deixa encantar pela música. No intervalo, quem quiser vá ao restaurante, janta, e volta para a segunda parte do espetáculo.

Qual é a origem desta joia? Sim senhoras, o amor!

Um dos herdeiros se encantou com uma soprano, desposou-a e mandou fazer uma casa de ópera para ela poder cantar “em casa”!

Desde 1934 existe a fundação que gerencia e produz os espetáculos.

Agora coitados entraram em crise, como todos os artistas, não podem se apresentar por causa do covid-19!

Quem quiser saber mais, pode entrar no google, tá tudo lá, com fotos ilustrando.

Mas, o encanto de vislumbrar pela primeira vez esta joia e simplesmente indescritível!

Faço votos, que muitos de vocês tenham oportunidade num futuro não muito distante de desfrutar em pessoa essa perfeição em todos seus detalhes e organização!

Não é uma diversão barata, mas vale cada Libra!

Tinha um detalhe triste: no intervalo fui ao toalete e de tanto deslumbramento tirei um anel no lavatório e esqueci de pô-lo depois.

Pois nunca mais encontrei o tal anel….Foi minha contribuição extra….

Moral da história: nunca se deixe encantar até ao ponto de esquecer seus pertences!

Abraço “virtual” da sua viajante Lívia Agnes Bleier

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