No dia 20 de novembro, o Brasil e diversos países ao redor do mundo celebram o Dia da Consciência Negra. Esta data é um tributo à luta histórica do povo negro contra a escravidão, a discriminação racial e pela promoção da igualdade. Mas você sabe como e por que esse dia foi criado?
Origem do Dia da Consciência Negra:
O Dia da Consciência Negra foi instituído no Brasil em 2003, com a Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. A data foi escolhida em homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, símbolo de resistência contra a escravidão no período colonial brasileiro.
Agora, vamos trazer alguns – entre tantos – dos maiores e mais importantes nomes da cultura preta para o mundo:
Nelson Mandela:
Foi uma das figuras mais “rebeldes” na luta contra o racismo e o apartheid, que segregava brancos e negros, retirando da população negra todos os direitos sociais. Por conta de seu histórico revolucionário, foi preso em 1962 com a justificativa de que conspirava contra a África do Sul. Ficou encarcerado por 27 anos e em 1990 foi libertado, sendo eleito presidente do país em 1994 e governando até 1999.
Rosa Parks:
Rosa Parks foi uma cidadã norte-americana que marcou a sociedade na década de 1950 como um símbolo da resistência contra o racismo. Ela ficou famosa por realizar um ato de desobediência civil quando se recusou a ceder seu assento a um homem branco em um ônibus público, no Alabama.
Martin Luther King Jr.:
Martin Luther King foi um pastor e ativista americano que teve um papel essencial na luta pelos direitos do povo negro americano. Ele atuou a fim de que os negros pudessem votar, pelo fim da segregação racial e outros benefícios que não eram concedidos aos negros. Martin Luther King faleceu de maneira suspeita em 1968, aos 39 anos. Especula-se que sua execução foi uma encomenda de poderosos do governo americano.
Maya Angelou:
Poeta, escritora e ativista que inspirou gerações com sua literatura e poesia. Sua obra, que ficou marcada pela crítica social, questões de gênero e condenação ao racismo, tornou Maya conhecida no mundo inteiro.
Malcolm X:
Malcolm-X foi um ativista americano que se dedicou à militância contra o racismo, chamando atenção principalmente para os assassinatos da população negra nos anos 50 e 60. Defendia uma estratégia mais dura contra o opressor e foi acolhido pelos movimentos de resistência: Panteras Negras e Black Power.
Nina Simone:
Cantora, compositora e ativista que usou sua música para promover a igualdade racial, Nina Simone se envolveu ativamente no movimento pelos direitos civis que tomaram os Estados Unidos na década de 1960. Nina foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Escola de Música de Juilliard, em Nova Iorque.
Toni Morrison:
Escritora e primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, conhecida por suas obras que exploram a experiência negra nos Estados Unidos. Seu livro de estreia – O Olho Mais Azul – é um estudo sobre raça, gênero e beleza, assunto que confrontava pensamentos racistas sobre a beleza dos traços negros.
Jean-Michel Basquiat:
Jean-Michel Basquiat foi um artista estadunidense que ganhou popularidade primeiro como grafiteiro, no centro de Manhattan, e depois como pintor neo-expressionista. As pinturas de Basquiat ainda são uma influência para muitos artistas. Artista plástico que se tornou um ícone da cena artística de Nova York nos anos 1980, abordando temas de identidade racial em suas obras.
Katherine Johnson:
Katherine Coleman Goble Johnson foi uma matemática, física e cientista espacial norte-americana. Ela fez contribuições fundamentais para a aeronáutica e exploração espacial dos Estados Unidos, em especial em aplicações da computação na NASA.
Machado de Assis:
Escritor brasileiro, considerado um dos maiores nomes da literatura mundial, que superou barreiras raciais em uma época de intensa discriminação. Ao longo da história, sofreu um embranquecimento para legitimar um projeto de país em que pessoas negras seriam apenas resquícios de um passado que se queria esconder e quiçá esquecer.
Tia Ciata:
Hilária Batista de Almeida, mais conhecida como Tia Ciata, foi uma figura de extrema importância para a consolidação do samba no país. Cozinheira e mãe de santo, recebia vários músicos em sua casa, no Rio de Janeiro. Lá, eles formavam rodas de samba de partido alto e foi na casa dela que o primeiro samba foi composto, a canção Pelo Telefone, de Donga, em 1916.
Carolina Maria de Jesus:
Carolina Maria de Jesus foi uma notável personalidade brasileira que viveu durante os anos 40 e 50 na Favela do Canindé, em São Paulo. Nos momentos livres, Carolina escrevia um diário contando sobre as dificuldades de se viver sob o racismo, a pobreza e a fome. Até que foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que a ajudou a lançar o livro Quarto de Despejo, uma compilação de trechos de seu diário.
Angela Davies:
Foi ativista do Partido dos Panteras Negras, fundado em 1966. Nessa época, seu empenho foi a favor dos direitos civis, pelo fim da ação estadunidense na Guerra do Vietnã, Guatemala e El Salvador. Angela também se dedicou à luta contra o sistema prisional americano e a favor dos direitos das mulheres, sobretudo das mulheres negras e pobres. Na juventude foi presa sob acusação falsa de contrabando de armas, sequestro e morte de um juiz. Por conta disso, foi condenada à prisão perpétua, mas conseguiu fugir e passou a ser procurada pelo FBI. Angela tinha apenas 24 anos. Capturada novamente, foi absolvida e proibida de ministrar aulas na Califórnia.
Bob Marley:
Bob Marley foi um compositor e ativista jamaicano responsável por difundir o estilo musical Reggae em todo o mundo. Com seu posicionamento e sua música, Bob protestou contra diversas questões sociais e conseguiu levar ao mundo mensagens de irmandade, paz, igualdade, libertação, resistência e luta, além de tornar conhecido o movimento religioso Rastafari. Foi uma voz importantíssima para o povo negro e oprimido da Jamaica, pois nunca deixou de citar em suas canções questionamentos relacionados às suas origens.
Marielle Franco:
Socióloga, lésbica e vinda de origem humilde – criada no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro – Marielle se dedicou a investigar e denunciar o genocídio cometido pela polícia contra a população negra e pobre. Ela se opunha às intervenções da Polícia Militar dentro das comunidades, e chamava atenção para a atuação criminosa das milícias.
Celebrar o Dia da Consciência Negra é mais do que apenas lembrar o passado. É um ato de reconhecimento das contribuições fundamentais dos negros para a humanidade e um lembrete constante da necessidade de combater o racismo e promover a igualdade de oportunidades para todos.
O Dia da Consciência Negra é uma oportunidade não apenas de celebrar, mas também de refletir sobre a importância da diversidade e do respeito mútuo. É um lembrete de que a luta contra o racismo é responsabilidade de todos nós e que devemos trabalhar juntos para criar um mundo mais justo e igualitário para todos.
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